domingo, 30 de janeiro de 2011

"30 Dias de Noite" - 2007.

É fato que Stephenie Meyer e sua saga iniciada com "Crepúsculo" deixou a mítica criatura dos vampiros meio esquisita. Se algo ainda faz jus ao conceito original deles atualmente é a série de tevê "True Blood".
Não sei bem a recepção que "30 dias de noite" teve na época de seu lançamento, em 2007, mas tenho uma certa impressão que ele não fez tanto estardalhaço assim. O que é uma pena pois este é um belo exemplo de como um filme de terror moderno ainda pode funcionar. O filme é baseado em uma graphic novel escrita por Steve Niles e muito bem ilustrada por Ben Templesmith. Como nem toda adaptação de quadrinho é sinônimo de qualidade, ver o nome de Sam Raimi e do próprio criador da obra, ambos respectivamente como produtor e roteirista, nos tranquiliza bem mais. Quem já conhece Raimi sabe de seu currículo em filmes do gênero, como a trilogia "Evil Dead" e "O Dom da Premonição". Apesar dele não estar diretamente na direção, só o fato dele estar produzindo já conta muito para o êxito do filme.
exemplo da atmosfera do quadrinho
O enredo é sobre uma cidade no Alasca chamada Barrow que tem uma peculiaridade: uma vez por ano, durante o inverno, o sol deixa de nascer por 30 dias. O cenário perfeito para vampiros, que pouco à pouco vão isolando a cidade e deixando seus habitantes à mercê de sua sede de sangue. Todo o filme é muito bem cuidado e sem exageros, principalmente na parte de efeitos visuais, sem exageros de CG, fora a caracterização dos vampiros, que foge da imagem padrão e romantizada da criatura, possuindo um instinto mais animal. Um outro fator interessante são as imagens em tons cinza e escuro, remetendo diretamente aos quadrinhos e intensificando o clima claustrofóbico e denso da estória.
Em 2003, Niles e Templesmith fizeram uma continuação para as hqs chamada "Dark Days"; em 2010, resolveram adapta-la, porém com um nível inferior ao primeiro filme e totalmente dispensável.

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